Muito além das empilhadeiras: como a automação tornará o mundo mais seguro após a pandemia
A ficção pode ser cruel. Em alguns filmes, robôs criam uma matriz perfeita que só existe na mente dos humanos. Em outros, a inteligência artificial se rebela contra seus criadores. Ainda bem que na vida real tudo é bem diferente. É graças à automação que o mundo ficará mais seguro.
E essa automação não envolve apenas robôs humanoides andando de um lado para o outro. Ela envolve também empilhadeiras que dispensam a presença de operadores humanos durante sua operação.
O mundo pós pandemia
É esse o novo mundo que se vislumbra pós pandemia, um mundo em que a automação se tornará cada vez mais onipresente. E o segmento logístico não vai escapar. As grandes fabricantes de empilhadeiras já veem as empilhadeiras autônomas como uma realidade inevitável.
É claro que, por enquanto, esse tipo de equipamento ainda está restrito às grandes companhias com mais recursos para esse tipo de investimento, a exemplo de Walmart e Amazon. Mas a tendência com o passar dos anos é que essa automação chegue também aos pequenos armazéns e galpões.
Essa já era, aliás, uma tendência que vinha se desenhando há alguns anos, mas que tomou um grande impulso agora com a pandemia do coronavírus. Afinal, empresas que têm equipamentos autônomos têm suas equipes menos expostas à necessidade de isolamento ou distanciamento social.
O mundo já vive um período de transição entre a logística pré-Covid e a logística pós-pandemia. Essa transição, de acordo com os especialistas, envolve basicamente três fases.
Em entrevista ao site da Forbes, o vice-presidente de vendas da Mitsubishi Caterpillar Forklift America, John Sneddon, uma das maiores fabricantes de empilhadeiras do mundo, explica a divisão das etapas.
Automação na logística envolve três fases
Fase 1
A primeira fase envolve companhias que ainda não adotaram a automação em larga escala. É importante destacar, entretanto, que mesmo nessa fase já há um “embrião” de automação. Afinal, é difícil imaginar um galpão ou armazém cujo trabalho seja 100% artesanal.
Exemplos de automação simples nessa fase são os sistemas de gestão de armazenamento, por exemplo.
Fase 2
Na segunda fase já se encontram empresas com automação parcial, com equipamentos conectados ao sistema de armazenamento e gestão da companhia.
Esse sistema, na sala de controle, alimenta um painel na empilhadeira, que por sua vez indica aos operadores humanos a mercadoria que deve ser transportada, sua localização exata, e os pontos mais eficientes de coleta e de entrega.
Fase 3
Por fim, há o estágio mais avançado, o 3. De acordo com Sneddon, esse estágio envolve a automação em larga escala de todo o sistema de logística, incluindo desde empilhadeiras 100% autônomas até sistemas de gestão completamente automatizado.
Crimes cibernéticos serão uma ameaça
A automação aumentará a segurança dos colaboradores, mas há também uma desvantagem. O risco de crimes cibernéticos. Os mais comuns envolverão, provavelmente, o uso de malwares para tomar o controle do sistema de uma empresa.
Isso pode significar que outra pessoa, de fora da companhia, movimentará remotamente a frota de empilhadeiras, causando grandes prejuízos.
Mas as empresas de tecnologia já estão trabalhando em vacinas para minimizar esses riscos, como softwares que identificam a presença de malwares e sistemas de isolamento das redes (fazendo com que apenas os operadores presentes na companhia possam controlar os sistemas e equipamentos).
A automação é um processo irreversível, reforçado pela necessidade de isolamento social causado pela pandemia de coronavírus. É imprescindível estar preparado para essa nova realidade.
Quer saber tudo o que está movimentando o mercado de empilhadeiras? Fique atento ao blog da Logiscom!
(Imagem: Divulgação)